segunda-feira, 1 de maio de 2017

Calema: “Moçambique tem tudo para explodir a nível internacional”


Lá se foi a sexta edição do Festival Tropical Zouk, que, pela primeira vez, teve lugar na Matola. O evento reuniu, como é de praxe, músicos e bandas de nacionalidades diferentes. O elenco de artistas, com efeito, incluiu os Calema, tão aguardados e celebrados no primeiro dia do espectáculo.

Depois do seu show, o grupo são-tomense fez uma breve apreciação do que foi a sua estreia no país. Para os Calema, o Festival Tropical Zouk “traz muita coisa boa, principalmente para os músicos que vêm cá”. E apreciação estendeu-se para a atmosfera musical, com destaque para alguns cantores, que, segundo o grupo, têm elevado potencial. “Aqui em Moçambique há músicos extraordinários, como Cláudio Ismael e Messias Maricoa. Pensamos que o país tem tudo para explodir a nível internacional”, disseram, sublinhando que o festival traz também o intercâmbio entre os países que falam português. “Isso é importante para fazer crescer a economia musical a nível dos PALOP. É muito bom ter festivais deste tipo e esperamos que continuem”.

Questionados se sabiam que a sua música era muito escutada no país, os Calema disseram: “não tínhamos ideia de que a nossa música era assim tão consumida em Moçambique. Ficamos a saber há pouco tempo, quando começamos a receber imensas mensagens por via das redes sociais, e foi magnífico poder cá estar. De Moçambique levamos muitos sorrisos e, por isso, logo que o nosso álbum sair, queremos voltar para mostrarmos o nosso trabalho, porque Moçambique faz parte da nossa vida”.

No mesmo dia em que actuaram os Calema, no palco da Matola também esteve Yola Semedo. Depois do espectáculo, a angolana confessou: “sinto-me muito feliz por ter participado na sexta edição do Festival Tropical Zouk, e assumo, já me encontrei como ser humano. Marca-me muito voltar a Moçambique e reencontrar-me com o meu público e perceber que cada um deles vive intensamente o momento em que estamos juntos. A força que o público dá acrescenta muita responsabilidade para me tornar numa mulher mais sólida. Khanimambo, minha gente”, agradeceu Semedo.

E a apreciação do impacto do Festival Tropical Zouk não foi restrita apenas aos Calema ou Yola Semedo. Nelson Freitas também teve uma opinião. “Esta é uma enorme iniciativa. É sempre bom quando se dá a possibilidade de as pessoas poderem viver e celebrar a música como foi nesta edição do Festival Tropical Zouk. Além disso, estas iniciativas unem África. Repare, temos aqui pessoas de Moçambique, Guiné, Cabo Verde, Angola, todos envolvidos numa só causa. É assim que tem que ser” finalizou. 

Rapkizomba/Opais


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